A Escrituração do contrato de compra e venda pode ser feito de Online

O decreto-lei que permite a realização de atos autênticos por videoconferência foi publicado em dezembro de 2021, entrando em vigor em abril de 2022. Possibilitando a partir dessa data a realização de diversos atos notariais, incluindo escriturar imóveis online, sem que os envolvidos tenham de estar fisicamente presentes. Os Cartórios realizam o agendamento indicando a data, hora, tempo previsto e identificam todos os participantes na escritura online. Depois, todos receberão um e-mail com as informações necessárias, incluindo o link para acessarem à videoconferência. Na data marcada, a sessão será conduzida pelo oficial do cartório, com participação dos envolvidos, o processos de assinaturas ocorre de forma digital e o documentos são encaminhados para que os compradores possam realizar o Registro do Imóvel adquirido.

A promulgação da Lei Federal nº 14.382/22  possibilitou o avanço no registro de imóveis de forma Digital, estabelecendo um dos maiores marcos legais da história recente do Registro de Imóveis, com uma legislação desburocratizante e inovadora para o mercado imobiliário. 
Desde a edição da Medida Provisória nº 1.085/21 e sua posterior tramitação no Congresso Nacional, possibilitou um novo capítulo no direito real brasileiro, incrementando importantes avanços, no fortalecimento do Registro de Imóveis e no desenvolvimento do mercado imobiliário.
Com a nova legislação, houveram mudanças significativas nas Leis nº 4.591/64 e nº 6.015/73. Possibilitando dar maior celeridade aos atos jurídicos da área imobiliária.

Com as mudanças no marco legal possibilitando o registro de imóveis de forma digital, a alienação também passa a ser contemplada, seguindo as regras da Lei Federal nº 14.382/22. Desta forma as negociações envolvendo financiamento com alienação podem ser realizadas de forma digital, sem necessidade de estar presente ou se deslocar aos cartórios para registro

A LEI Nº 14.063, DE 23 DE SETEMBRO DE 2020 Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas em interações com entes públicos, em atos de pessoas jurídicas e em questões de saúde e sobre as licenças de softwares desenvolvidos por entes públicos; e altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, e a Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.
Desta forma contratos podem ser assinados através de assinatura eletrônica, possibilitando aos envolvidos a comodidade de não precisar se deslocar ou enfrentar filas em cartórios.